Adotar uma abordagem centrada nos negócios para questões jurídicas continua crescendo na prática. O direito moderno veio para ficar, o que engloba o ato de abraçar tecnologias emergentes e novas parcerias para aumentar a eficiência e tomar decisões operacionais mais inteligentes. Os dados estão cada vez mais no centro da reformulação de estratégias, e as equipes que podem acessar a inteligência mais profunda oferecida por esses dados estão preenchendo lacunas e expandindo capacidades.

As instâncias em que os dados podem gerar melhores resultados continuam a se expandir. Por exemplo, uma questão recorrente entre os profissionais é como escritórios de advocacia e departamentos jurídicos corporativos podem colaborar de maneira mais eficaz. Essa tem sido uma batalha difícil por décadas. A boa notícia? Os dados podem ajudar aqui também. Essas relações podem ser bastante melhoradas se ambas se tornarem mais orientadas por dados.

Houve uma mudança recente para ver a equipe jurídica como uma unidade que engloba não apenas escritórios de advocacia e corporações, mas também provedores de serviços que ajudam com questões e tarefas. Mais escritórios e departamentos jurídicos estão mudando a forma como usam os dados. Eles estão focando no valor em vez de taxas e acessando insights mais profundos que impulsionam a transformação significativa em todos os aspectos. Mas por onde começar?

Reimaginando a Análise de Dados

Quando não estão isolados ou subutilizados, os dados têm sido tradicionalmente usados para justificar ou cortar taxas associadas ao trabalho que advogados externos realizam para seus clientes corporativos. Embora esses sejam insights sólidos a serem acompanhados, olhar mais profundamente para o motivo pelo qual um determinado fluxo de trabalho ou ferramenta não está funcionando permite uma abordagem mais holística que atinge questões subjacentes.

Agora, os líderes da indústria estão encontrando maneiras de criar vantagens organizacionais através do poder da inteligência de negócios jurídicos. Isso está mudando a conversa sobre dados de redução de custos para valor, o que é poderoso e alterará a maneira como as equipes colaboram. Isso posiciona os provedores de serviços jurídicos alternativos (ALSPs) como uma parte crucial da equipe jurídica moderna – especialmente aqueles que podem extrair dados de várias fontes para um único repositório e produzir verdadeira inteligência de negócios jurídicos. Tornar todos os dados jurídicos acessíveis e acionáveis permite que os conselheiros corporativos, e as empresas que os aconselham, vejam onde precisam direcionar ou otimizar o trabalho e recursos jurídicos.

Aqui estão três exemplos de como o conselho corporativo e externo pode colaborar e obter inteligência valiosa dos dados para informar estratégia, parcerias e investimentos futuros.

1. Escritórios de advocacia detêm muitos dados corporativos que ficam armazenados, como contratos, assessoria jurídica e acordos com fornecedores. Ser capaz de extrair essa informação e colocá-la novamente nas mãos dos clientes corporativos oferece várias vantagens. Primeiro, as empresas podem usar isso como uma ferramenta de desenvolvimento de negócios que as diferencia dos concorrentes. Segundo, empodera os departamentos jurídicos corporativos a possuírem seus próprios dados e acessarem insights que possam ter sido negligenciados. Por último, ambas as equipes podem olhar essas informações juntas para identificar lacunas e decidir quais métricas acompanhar.

2. Empresas e departamentos jurídicos podem estrategizar quais dados capturar que permitiriam às corporações justificar modelos de preços ou decisões de gerenciamento de projetos jurídicos, e finalmente reter seus clientes. Exemplos incluem informações sobre o desempenho de uma nova ferramenta de IA para automatizar e otimizar partes da revisão de documentos ou como a parceria com um ALSP que oferece advogados flexíveis regularmente reduz custos em questões jurídicas e resulta em mais acordos. Sintetizar esses pontos de dados pode demonstrar economia de custos e justificar investimentos.

3. Escritórios de advocacia podem acompanhar as tendências do mercado e usar ferramentas de previsão proativas para fornecer inteligência acionável a seus clientes corporativos. Mais departamentos jurídicos estão procurando ir além das métricas usuais do painel e descobrir dados que respondam a perguntas que eles nem sabiam que tinham. Por exemplo, usar a varredura do horizonte regulatório pode informar quando uma mudança na lei desencadeia obrigações de conformidade de uma organização. Essas ferramentas podem sincronizar com repositórios internos de gerenciamento de contratos, documentos de políticas e outros sistemas relevantes.

Com tantas regulamentações que as organizações jurídicas e seus clientes precisam monitorar, é crucial não deixar que as coisas caiam nas rachaduras. Ter essa informação não só permite um rastreamento proativo, mas também a oportunidade de afiar as políticas de governança da informação.

Usar dados de forma mais estratégica não apenas melhora os esforços de colaboração, mas também fortalece a avaliação de riscos e garante que cada parte da equipe jurídica moderna esteja desempenhando seu pleno potencial. Também ilumina oportunidades para expandir relações com ALSPs e mudar as prioridades tecnológicas.

Abrindo Caminho

Pode ser difícil decidir por onde começar nesta jornada, mas ter um framework em vigor é a chave para criar uma cultura orientada por dados. Embora capturar, consolidar e quantificar dados se jam todos componentes deste framework – a comunicação é o elemento que os une. A gestão da mudança exige comunicação regular entre escritórios de advocacia e conselheiros corporativos sobre como medir o valor. Desde uma nova solução de métricas até trazer ALSPs estratégicos como consultores, as possibilidades são abundantes. O foco deve estar em como identificar competências nos dados que possam informar fluxos de trabalho novos e melhores.

Começar com pequenas estratégias de dados e escalar é a melhor maneira de realizar isso, especialmente com escritórios de advocacia estabelecidos que possuem enormes quantidades de dados prontos para serem convertidos em inteligência de negócios. Tenha uma conversa e comece a partir daí. Quais são os requisitos urgentes de negócios? Como as equipes podem ir além de sobrepor tecnologia aos dados e derivar valor? Essas são apenas algumas perguntas a serem exploradas. Recorra a consultores para recomendações sobre plataformas que capturarão e consolidarão dados, conselhos sobre como gerar inteligência de negócios jurídicos e soluções que melhoram os esforços de gestão de dados. Acoplar esses esforços com o monitoramento de tendências de mercado pode ajudar as organizações jurídicas a entender melhor os clientes, otimizar a cadeia de suprimentos e tomar decisões orientadas por dados que transformam sua abordagem à prática jurídica.

Para saber mais, assistam ao nosso último webinar co-patrocinado com Centaur the Lawyer.